«Um homem fica cego, inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do trânsito. A cegueira alastra como «um rastilho de pólvora». Uma cegueira colectiva. Romance contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um tempo que pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre na escrita de Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face ao risco de uma situação terminal generalizada. A arte da escrita ao serviço da preocupação cívica.»
(Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)
O Ensaio sobre a Cegueira é um livro único na nossa história literária e também, é preciso dizê-lo, um dos grandes romances que se escreveram no século XX. E isto é, quanto a mim, razão necessária e suficiente para o colocar a abrir esta "Coleção Essencial", que em boa hora a RTP decidiu promover.
ZEFERINO COELHO
(Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)
O Ensaio sobre a Cegueira é um livro único na nossa história literária e também, é preciso dizê-lo, um dos grandes romances que se escreveram no século XX. E isto é, quanto a mim, razão necessária e suficiente para o colocar a abrir esta "Coleção Essencial", que em boa hora a RTP decidiu promover.
ZEFERINO COELHO