Estamos na Idade das Trevas e algo de terrível está prestes a acontecer. Um navio, vê-se apanhado numa tempestade feroz e acaba por naufragar. Só duas pessoas se salvam, duas crianças, Edmund, o filho de um rei que tenta a todo custo ocultar a sua verdadeira identidade, e Elspeth, a filha do capitão do navio. Os dois vão dar à costa em cima de um misterioso baú. Aagard, um velho e antigo conselheiro do rei de Wessex, encontra-os na praia e leva-os para sua casa. Dentro do baú reside um grande mistério: uma espada de cristal, forjada no princípio dos tempos, com o objectivo de derrotar deuses temíveis e dragões. Sem o querer, Edmund e Elsepth estarão ligados a esta espada e a todas as responsabilidades que acarreta. Entrarão num mundo fantástico e terão de enfrentar perigos que julgavam não existir em nome do Bem e da amizade. Este é o primeiro livro de uma trilogia, estando previstos mais dois títulos: «O Livro da Espada» e o «Círculo de Fay». Para leitores que gostaram, por exemplo, de Eragon.
Os tempos estilhaçaram-se como uma lâmpada - as tribos digladiando-se entre si; os piratas detendo o mar do Norte, onda a onda; um novo Deus usurpando os costumes antigos. E, neste tumulto, foram lançadas à terra más sementes: convocou-se um antigo poder maligno por meio de feitiços sussurrados. E foi assim que o Suplício chegou. Começou com a má utilização de um livro de feitiçaria. Libertou-se da sua prisão no Extremo Norte, nas Terras da Neve: um glaciar desintegrou-se numa explosão de estilhaços gelados enquanto a sua forma imensa e escamosa se libertava rugindo. Depois, a tormenta e a tempestade enfunaram as suas asas e ele dirigiu-se para sul, a língua em fogo, respondendo ao apelo sussurrado das trevas. E, quando a sua sombra pairou sobre os reinos dos Pictos, Celtas e Saxões, e a sua sombra gigantesca se deitou, os homens, mulheres e crianças, ricos e pobres, estremeceram no seu sono e murmuraram: Cuidado, cuidado! O Suplício anda de novo à solta.