Livro: Todos os Dias São para Sempre
Autor: Raul Minh'alma
Gênero: Poesia contemporânea / Literatura LGBTQ+
Sinopse (sem spoilers):
Nesta coletânea de poemas, o artista e ativista português Raul Minh'alma explora temas como amor, identidade, luto e resistência, através de uma linguagem que oscila entre o confessional e o universal. Com versos que misturam crueza e delicadeza, o livro é um manifesto sobre a efemeridade da vida e a permanência dos sentimentos.
Destaque:
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Um dos primeiros livros de poesia em Portugal a abordar abertamente a vivência queer e não-monogâmica.
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Ilustrado com fotografias e colagens do próprio autor.
Temas Principais:
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Amor líquido (relacionamentos sem rótulos em um mundo cheio de expectativas).
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Corpo e desejo (a libertação através da sexualidade).
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Perda e saudade (a epidemia de HIV/AIDS como pano de fundo geracional).
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Ativismo poético (versos como armas contra o preconceito).
Estilo:
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Poesia em prosa e verso livre, com ritmo musical (influência do spoken word).
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Linguagem coloquial, mas com metáforas viscerais ("o teu nome é um cacto na minha língua").
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Intertextualidade com referências à cultura pop (Madonna, David Bowie) e literatura (Pessoa, Whitman).
Contexto do Autor:
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Raul Minh'alma (n. 1985) é performer, DJ e uma das vozes mais relevantes da arte queer portuguesa.
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Fundador do projeto Poesia da Meia-Noite (leituras em bares LGBTQ+).
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Este livro surgiu de seus cadernos íntimos mantidos por uma década.
Curiosidades:
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O título vem de um verso da música "Days" de Ray Davies (The Kinks).
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Um poema do livro ("Biografia") virou música da cantora portuguesa April Ivy.
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Foi censurado em escolas de conservadoras, gerando debates sobre arte e moralidade.
Ótimo para quem gosta de:
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Poetas confessionales (Ana Cristina Cesar, Caio Fernando Abreu).
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Literatura queer contemporânea (Ocean Vuong, Greta Bellamacina).
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Autores que misturam vida e arte (António Botto, Mário Cesariny).