Livro: La Farce du Cuvier
Autor: Anônimo (século XV-XVI)
Gênero: Teatro medieval / Farsa
Sinopse (sem spoilers):
Uma clássica farsa medieval francesa que satiriza os conflitos conjugais. O enredo gira em torno de um marido dominado por sua esposa e sogra, que o obrigam a cumprir uma lista interminável de tarefas domésticas. A situação muda quando ele descobre um antigo contrato matrimonial que inverte os papéis, levando a um desfecho cômico e moralizante.
Destaque: A peça é uma crítica humorística à hierarquia familiar e às convenções sociais da Idade Média, usando exagero e ironia.
Temas Principais:
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Luta pelo poder no casamento (sátira da dominação feminina/masculina).
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Justiça poética e reversão de papéis.
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Critica social às obrigações conjugais e familiares.
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Humor escrachado típico do teatro popular medieval.
Estilo:
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Diálogos rápidos e repetitivos, típicos das farsas.
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Linguagem simples e direta, com expressões coloquiais da época.
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Estrutura curta e dinâmica (geralmente 1 ato).
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Recursos cômicos: pancadaria, mal-entendidos e exageros.
Contexto/Curiosidades:
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Escrita no final da Idade Média ou início do Renascimento (séc. XV-XVI), quando as farsas eram populares na França.
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Anônima, como muitas obras teatrais da época (autoria coletiva ou de tradição oral).
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Inspirou adaptações modernas, incluindo versões feministas.
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Faz parte da tradição do teatro de feira e das comédias moralizantes.
Ótimo para quem gosta de:
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Farsas clássicas como A Farça do Mestre Pathelin (também anônima).
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Sátiras medievais (ex.: Decameron de Boccaccio).
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Teatro cômico histórico (como Molière, que foi influenciado por essas farsas).